Quando crianças, imitamos os adultos e assim aprendemos a falar, interagir e não gostar de cebola (não é o meu caso: meus pais comem de tudo e eu também!).
Na escola, vamos imitando os colegas para nos adequar. Quando adultos, continuamos a repetir a fórmula da imitação quando nos deparamos com novos grupos sociais.
Nas aulas de esportes, vamos imitando os gestos do professor ou dos alunos mais avançados. No teatro, imitamos o diretor para reproduzir o que ele espera da personagem.
Através da repetição vamos transformando a imitação em aprendizado. Cada vez mais, temos menos do outro e mais de nós naquela ação: finalmente entendemos!
Mas… é muito fácil imitar sem aprender. Você já ouviu falar em “efeito manada”? É quando um indivíduo em um grupo simplesmente deixa de lado seus próprios filtros e percepção, e passa a se comportar como os demais, sem questionar. Atos de vandalismo em manifestações, linchamento virtual nas redes sociais, apostas cegas no mercado financeiro, pegadinhas do SBT… os exemplos são inúmeros.
Faz parte da nossa natureza. Se você quer estar seguro, fique junto da manada:
Se você deseja ser um bom apresentador, vai precisar se distanciar da manada de vez em quando. Isso significa correr riscos. Vale para apresentações, mas vale também para muuuitas outras coisas.
É difícil ir contra a manada. Exige uma certa dose de concentração para não cair na armadilha armada em nosso próprio cérebro.
Eu digo que para executar uma ação autêntica, é preciso estar em silêncio.
Não dá pra pensar muito no meio do barulho. E quando estamos em grupo, dificilmente há silêncio. Então o silêncio precisa vir de dentro. Sua cabeça precisa estar em silêncio!
Então, antes de fazer (não importa o quê), pare e silencie. É isso mesmo que eu devo fazer? É assim que devo falar para essas pessoas? É assim que eu quero?
Depois, só depois, rompa o silêncio com a sua voz confiante e autêntica. Ao fazer isso várias vezes, você terá aprendido muito sobre como se posicionar, e claro, sobre si mesmo.