E a ideia é essa mesma: TODO APRESENTADOR FANTÁSTICO É UM HERÓI.
Heróis tem vilões a combater. No nosso caso, podem ser as distrações da platéia, podem ser os nossos medos: de falar em público, de ser julgado, de ser mal-interpretado… ou podem ser os vilões que a nossa mensagem nasceu para derrotar: de temas como a falta de imaginação que destrói a nossa sociedade até coisas mais simples, sobre como ensinar a cozinhar feijão.
Eu espero que enquanto você lê esse parágrafo já esteja se antecipando pensando em seus próprios super-poderes.
Vamos começar com as principais habilidades do comunicador:
- Se você tem medo, de falar em público, por exemplo, mas tem uma mensagem muito importante que não pode ser silenciada pelo seu medo, você precisa ter coragem! Todo super-herói precisa de coragem para enfrentar os vilões.
Tá com medo? Vai com medo mesmo, ué.
- Ah, lembre-se que você também vai precisar manter sua autenticidade: tá cheio de gente falando mais ou menos a mesma coisa para mais ou menos o mesmo tipo de público. Por que elas vão querer prestar atenção em você? Porque você é uma gracinha, desse seu jeito aí mesmo. E tem quem goste, viu?
- Ah, e você manja dos paranauês. Em outras palavras, o bom comunicador estudou o tema, e está preparado para o combate. Quanto mais conhecimento você adquire sobre o tema, mais você tem para dividir com a platéia (e aprender com ela).
- E o apresentador-herói só conquista a vitória porque tem um senso de propósito. É aquilo que o faz subjugar os vilões, que o faz vencer seus próprios medos, que o faz passar noites em claro treinando, estudando, se superando. Já parou pra pensar no porquê? Por que você faz o que faz?
- Mas talvez o maior super-poder do Apresentador Fantástico seja a empatia. Não há como ser o herói se você não se colocar no lugar do seu público. Sabe aquele papo lá de cima sobre ser autêntico, ter conhecimento do tema e um propósito? Essas coisas só se tornam super-poderes quando você entende as necessidades do teu público, entende as coisas que os motivam, e como eles percebem a tua mensagem.
A empatia te coloca no mesmo patamar do outro, faz com que o público te perceba como um amigo que está ali para ajudar. Alguém em quem eles podem confiar. É preciso uma boa dose de abstração para se colocar no universo do outro.
E qual a principal ameaça ao comunicador? Qual a kriptonita que enfraquece esse super-herói?
O que acontece quando você deixa a empatia de lado? APATIA. Se a platéia não sente que você se importa, você os perde. Simples assim.
Diferente da kriptonita, que é uma ameaça externa, aqui estamos falando de algo que é, na verdade, uma fraqueza, algo interno. Você não pode culpar a natureza, o universo, os concorrentes, a situação econômica do país, etc… porque ela te derrotou.
O que, aliás, é ótimo: significa que você pode derrotá-la. E o exercício aqui é praticar a empatia.
Preste atenção, só isso.